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24/06/2006
-
18h32
THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online
Noventa minutos não foram suficientes para argentinos e mexicanos decidirem quem avançaria às quartas-de-final do Mundial-06. Num jogo equilibrado, apenas na prorrogação a Argentina conseguiu fazer 2 a 1 e carimbar passaporte à próxima fase do torneio.
O sofrido triunfo argentino confirmou o primeiro confronto entre campeões mundiais desta Copa, já que o adversário da bicampeã Argentina na próxima etapa da competição será a tricampeã Alemanha, na sexta-feira, 12h, em Berlim.
No jogo de hoje, o México surpreendeu e começou atuando bem, ao contrário de suas partidas na primeira fase, quando vencera apenas o Irã. A Argentina, por outro lado, não repetiu as boas atuações das duas partidas iniciais e não conseguiu se impor sobre o México em nenhum momento.
Assim, com pouco mais de cinco minutos, o mexicano Rafa Márquez abriu o placar. Porém, os comandados de Ricardo La Volpe não conseguiram segurar o resultado por muito tempo e a Argentina igualou aos 10min, num lance dividido por Crespo e Borgetti, após cobrança de escanteio.
No restante do primeiro tempo e na segunda etapa, o jogo foi bastante truncado, com a bola ficando muito tempo no setor de meio-campo sem que chances realmente perigosas fossem criadas até o fim do tempo regulamentar.
Na prorrogação, o jogo permanecia com as mesmas características, até que, aos 8min, Maxi Rodríguez acertou um belo tiro no ângulo e fez o gol da classificação argentina.
A Argentina mantém o bom retrospecto em oitavas-de-final de Mundiais, etapa em que foi derrotada apenas em 1994, pela Romênia, por 3 a 2. Nas outras quatro vezes em que entrou em campo nessa fase --que foi instituída no torneio do México, em 1986--, os argentinos sempre saíram de campo vencedores.
Por outro lado, o México terminou sua participação em gramados alemães bem antes do que imaginava quando optou por ser a equipe a ficar mais tempo se preparando para a competição. Também não conseguiu superar o retrospecto negativo em oitavas-de-final de Copas, tendo sido eliminado pela quarta vez em cinco disputas.
O jogo
Ao contrário do esperado, o México começou melhor e, aos 6min, abriu vantagem. Em cobrança de falta pela direita, Pardo mandou para a área, Méndez desviou de cabeça e Rafa Márquez, já na pequena área, completou de pé direito, sem chances para Abbondanzieri.
Porém, a Argentina não demorou a igualar o placar. Em seu primeiro escanteio, aos 10min, Riquelme alçou a bola e, em disputa com Crespo, o atacante Borgetti, que voltava de contusão, acabou concluindo de cabeça contra o seu próprio gol, embora a Fifa tenha anotado o tento para o atacante argentino.
Apesar do empate, o México continuava bem, ao contrário de suas apresentações na primeira fase, e ficava boa parte do tempo em seu campo de ataque. Entretanto, quem chegou com perigo foi a Argentina, aos 22min, quando Crespo recebeu lançamento e chutou na saída de Oswaldo Sánchez, à esquerda do gol.
Aos 25min, o México respondeu com Borgetti, num bom chute de fora da área que o goleiro argentino espalmou para fora. No mais, a partida era muito disputada no meio-campo, sem oportunidades mais contundentes para qualquer das equipes.
Já nos acréscimos, um lance polêmico. Num tiro de meta, Abbondanzieri tocou para Heinze, que furou e deixou a bola para Fonseca. O atacante mexicano, que já partia em direção ao gol, foi derrubado pelo mesmo Heinze um pouco antes da área. A falta foi bem marcada pelo árbitro suíço Massimo Busacca, mas o cartão amarelo acabou ficando barato para o defensor argentino.
O segundo tempo continuou equilibrado. Os times trocavam passes pelo meio, mas não construíam jogadas mais agudas. Apenas aos 14min surgiu uma boa chance argentina. Riquelme carregou pela meia esquerda e passou para Saviola. O atacante, sumido em campo, completou para o gol, mas Sánchez espalmou para escanteio.
Conforme o tempo passava, a Argentina tentava chegar mais ao ataque e o México se encolhia. A posse de bola dos atletas de José Pekerman, contudo, não era produtiva e o empate prosseguia intacto.
Depois disso, apenas aos 41min houve outra chance de gol, para o México. Pineda fez boa jogada pela lateral esquerda e cruzou para Fonseca, que completou de cabeça, para fora. Aos 47min, o último bom lance argentino, pela esquerda do ataque, foi mal anulado, por um suposto impedimento, antes que terminasse em gol.
Veio a prorrogação e, com ela, um belíssimo gol da Argentina, aos 8min. O lateral Sorín virou o jogo para a direita, Maxi Rodríguez matou no peito e, sem deixar a bola cair, mandou de esquerda, no ângulo direito de Sánchez, que não pôde evitar o gol.
O México teve uma boa oportunidade aos 2min do segundo tempo da prorrogação. O meia Zinha, de origem brasileira, avançou pela esquerda e bateu. Abbondanzieri fez golpe de vista e a bola passou perto da trave esquerda. Nos últimos minutos, os mexicanos ainda tentaram de alguma forma pressionar os sul-americanos, mas não conseguiram evitar a eliminação.
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da Folha Online
Noventa minutos não foram suficientes para argentinos e mexicanos decidirem quem avançaria às quartas-de-final do Mundial-06. Num jogo equilibrado, apenas na prorrogação a Argentina conseguiu fazer 2 a 1 e carimbar passaporte à próxima fase do torneio.
O sofrido triunfo argentino confirmou o primeiro confronto entre campeões mundiais desta Copa, já que o adversário da bicampeã Argentina na próxima etapa da competição será a tricampeã Alemanha, na sexta-feira, 12h, em Berlim.
No jogo de hoje, o México surpreendeu e começou atuando bem, ao contrário de suas partidas na primeira fase, quando vencera apenas o Irã. A Argentina, por outro lado, não repetiu as boas atuações das duas partidas iniciais e não conseguiu se impor sobre o México em nenhum momento.
Assim, com pouco mais de cinco minutos, o mexicano Rafa Márquez abriu o placar. Porém, os comandados de Ricardo La Volpe não conseguiram segurar o resultado por muito tempo e a Argentina igualou aos 10min, num lance dividido por Crespo e Borgetti, após cobrança de escanteio.
No restante do primeiro tempo e na segunda etapa, o jogo foi bastante truncado, com a bola ficando muito tempo no setor de meio-campo sem que chances realmente perigosas fossem criadas até o fim do tempo regulamentar.
Na prorrogação, o jogo permanecia com as mesmas características, até que, aos 8min, Maxi Rodríguez acertou um belo tiro no ângulo e fez o gol da classificação argentina.
A Argentina mantém o bom retrospecto em oitavas-de-final de Mundiais, etapa em que foi derrotada apenas em 1994, pela Romênia, por 3 a 2. Nas outras quatro vezes em que entrou em campo nessa fase --que foi instituída no torneio do México, em 1986--, os argentinos sempre saíram de campo vencedores.
Por outro lado, o México terminou sua participação em gramados alemães bem antes do que imaginava quando optou por ser a equipe a ficar mais tempo se preparando para a competição. Também não conseguiu superar o retrospecto negativo em oitavas-de-final de Copas, tendo sido eliminado pela quarta vez em cinco disputas.
O jogo
Ao contrário do esperado, o México começou melhor e, aos 6min, abriu vantagem. Em cobrança de falta pela direita, Pardo mandou para a área, Méndez desviou de cabeça e Rafa Márquez, já na pequena área, completou de pé direito, sem chances para Abbondanzieri.
Porém, a Argentina não demorou a igualar o placar. Em seu primeiro escanteio, aos 10min, Riquelme alçou a bola e, em disputa com Crespo, o atacante Borgetti, que voltava de contusão, acabou concluindo de cabeça contra o seu próprio gol, embora a Fifa tenha anotado o tento para o atacante argentino.
Apesar do empate, o México continuava bem, ao contrário de suas apresentações na primeira fase, e ficava boa parte do tempo em seu campo de ataque. Entretanto, quem chegou com perigo foi a Argentina, aos 22min, quando Crespo recebeu lançamento e chutou na saída de Oswaldo Sánchez, à esquerda do gol.
Aos 25min, o México respondeu com Borgetti, num bom chute de fora da área que o goleiro argentino espalmou para fora. No mais, a partida era muito disputada no meio-campo, sem oportunidades mais contundentes para qualquer das equipes.
Já nos acréscimos, um lance polêmico. Num tiro de meta, Abbondanzieri tocou para Heinze, que furou e deixou a bola para Fonseca. O atacante mexicano, que já partia em direção ao gol, foi derrubado pelo mesmo Heinze um pouco antes da área. A falta foi bem marcada pelo árbitro suíço Massimo Busacca, mas o cartão amarelo acabou ficando barato para o defensor argentino.
O segundo tempo continuou equilibrado. Os times trocavam passes pelo meio, mas não construíam jogadas mais agudas. Apenas aos 14min surgiu uma boa chance argentina. Riquelme carregou pela meia esquerda e passou para Saviola. O atacante, sumido em campo, completou para o gol, mas Sánchez espalmou para escanteio.
Conforme o tempo passava, a Argentina tentava chegar mais ao ataque e o México se encolhia. A posse de bola dos atletas de José Pekerman, contudo, não era produtiva e o empate prosseguia intacto.
Depois disso, apenas aos 41min houve outra chance de gol, para o México. Pineda fez boa jogada pela lateral esquerda e cruzou para Fonseca, que completou de cabeça, para fora. Aos 47min, o último bom lance argentino, pela esquerda do ataque, foi mal anulado, por um suposto impedimento, antes que terminasse em gol.
Veio a prorrogação e, com ela, um belíssimo gol da Argentina, aos 8min. O lateral Sorín virou o jogo para a direita, Maxi Rodríguez matou no peito e, sem deixar a bola cair, mandou de esquerda, no ângulo direito de Sánchez, que não pôde evitar o gol.
O México teve uma boa oportunidade aos 2min do segundo tempo da prorrogação. O meia Zinha, de origem brasileira, avançou pela esquerda e bateu. Abbondanzieri fez golpe de vista e a bola passou perto da trave esquerda. Nos últimos minutos, os mexicanos ainda tentaram de alguma forma pressionar os sul-americanos, mas não conseguiram evitar a eliminação.
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